Revista Exame
Revista Exame • 20 de agosto de 2021
Por que ainda é uma boa hora para comprar um imóvel no país.

Costuma-se dizer que o mercado imobiliário é cíclico. O brasileiro que compra ou vende um imóvel está diante de um novo ciclo de aumento nos preços. A alta chegou a 5,13% nos 12 meses encerrados em julho, segundo o Índice FipeZap. Em capitais das cinco regiões do país (de Brasília e Curitiba a Manaus, Vitória e Maceió, entre outras), o aumento anual do preço médio do metro quadrado supera 10%, acima, portanto, até da inflação ao consumidor (8,99%).

Com a alta recente da Selic, a janela de financiamento de imóveis mais barato está se fechando. O Santander já havia subido sua taxa mínima em 1 ponto porcentual, de 6,99% para 7,99%, na sexta-feira passada, dia 9. Nesta quinta-feira, 15, foi a vez do Bradesco e da Caixa formalizarem o aumento de suas taxas. É o que aponta o site comparador de financiamento de imóveis Melhortaxa. Abra sua conta no BTG+ e ganhe dinheiro de volta em compras para investir em ativos ESG A Caixa aumentou suas taxas em 0,5 ponto porcentual a partir de hoje. A taxa de juros para clientes com relacionamento com o banco passaram de 6,25% a 7,3% ao ano para 6,75% a 7,8% ao ano. Por fim, o Bradesco aumentou em 0,2 pontos porcentuais as taxas cobradas nos segmentos Classic, Prime e Exclusive, passando a cobrar a partir de 7,3% ao ano no Classic. Já o Itaú deve anunciar sua nova taxa nesta sexta-feira, 16, ou no máximo na semana que vem. O banco, que vinha praticando taxas a partir de 6,6% ao ano, vem dificultando o acesso ao crédito mais barato para clientes com renda mais baixa e menor valor de financiamento. Os juros para financiamentos abaixo de 600 mil reais e para consumidores com renda mensal menor do que 12 mil reais, subiram no banco, para 6,8%. Até esta quinta-feira, 15, o Banco do Brasil não mexeu nas taxas cobradas na modalidade de financiamento indexada à Taxa Referencial (TR). Mas as taxas já estão em patamar mais alto no banco: chegam a 7,9% ao ano.

A União possui cerca de 750.000 imóveis em todo o país, grande parte inutilizada, invadida ou simplesmente explorada comercialmente de forma irregular. Um esforço de regularização filtrou os imóveis que já podem ser disponibilizados e vendidos. Há desde terrenos e apartamentos em regiões nobres de cidades como São Paulo e o Rio de Janeiro até fazendas e glebas por todo o país. Boa parte desses ativos acabou nas mãos do governo federal por falta de pagamento de financiamento, multas e outras pendências legais.